1968

5 DE JANEIRO

em início na Tchecoslováquia, hoje República Tcheca, um período de abertura e reformas políticas conhecido como a Primavera de Praga. Em 21 de agosto, forças do Pacto de Varsóvia invadem e ocupam o país.


9 DE MARÇO

A censura ordena que os palavrões presentes no texto da peça “Um bonde chamado desejo”, com direção de Flávio Rangel, sejam retirados. Por não cumprir a orientação da censura, a atriz Maria Fernanda é proibida de atuar por trinta dias.


12 DE MARÇO

Comissão de intelectuais é recebida pelo ministro da Justiça, Gama e Silva. Ao mesmo tempo, um movimento de protesto contra a censura toma a Cinelândia, no Rio de Janeiro


28 DE MARÇO

A Polícia Militar mata o estudante Edson Luís de Lima Souto durante a invasão do restaurante estudantil-popular Calabouço, no Rio de Janeiro.


4 DE ABRIL

Assassinado Martin Luther King.


5 DE ABRIL

Costa e Silva expede a Portaria nº 177, determinando a proibição da Frente Ampla e a apreensão de livros, jornais e outras publicações consideradas subversivas.


16 DE ABRIL

Greve de metalúrgicos em Contagem, Minas Gerais


20 DE ABRIL

Bomba destrói a entrada do edifício do jornal O Estado de S. Paulo. Atribuído à esquerda, nenhuma organização reivindicou a autoria. Dez anos depois, um militar que participou do atentado revela ao jornal Repórter que os responsáveis pela explosão eram ligados ao Comando do II Exército.


1º DE MAIO

Em São Paulo, estudantes e operários realizam ação conjunta para acabar com as comemorações do dia do trabalho promovidas pela ditadura na praça da Sé. Rompendo o cordão de isolamento, expulsam do palanque a pedradas o governador Abreu Sodré e os líderes sindicais chamados de “pelegos”.


MAIO

Uma onda de protestos de estudantes agita diversos países, contestando a sociedade de consumo, a exploração econômica e o sistema de ensino considerado autoritário e repressivo. Em Paris, estudantes tomam a Sorbonne e enfrentam a polícia. Operários decretam greve em todo o país e ocupam fábricas.


26 DE JUNHO

Passeata dos Cem Mil, no Rio de Janeiro.


16 DE JULHO

Greve de metalúrgicos em Osasco, São Paulo.


JULHO

O general Médici, comandante do III Exército, pede Estado de Sítio.
Depredado pelo Comando de Caça aos Comunistas (CCC) o teatro paulista onde era encenada a peça “Roda Viva”. Os atores são espancados.


29 DE AGOSTO

Invasão da Universidade de Brasília pela Polícia Militar, que espanca e prende alunos e professores.


2 DE SETEMBRO

Diante de notícias de torturas, o deputado pelo MDB da Guanabara, Márcio Moreira Alves, discursa na Câmara e pergunta: “Quando o Exército não será um valhacouto de torturadores?”. O discurso causa reação dos ministros militares e é considerado o estopim do AI-5.


27 DE SETEMBRO

Salazar é afastado do governo de Portugal e substituído por Marcelo Caetano.


SETEMBRO

Durante o III Festival Internacional da Canção, Geraldo Vandré empolga o Maracanãzinho lotado com a canção “Pra não dizer que não falei de flores”, também conhecida como “Caminhando”.


3 DE OUTUBRO

Golpe Militar no Peru. Assume o general Velasco Alvarado.


2 DE OUTUBRO

Conflito entre alunos da Universidade Mackenzie, com apoio do Comando de Caça aos Comunistas (CCC), e estudantes da Faculdade de Filosofia da USP. Morre o secundarista José Guimarães. O prédio da USP na rua Maria Antonia é depredado e ocupado pela polícia


12 DE OUTUBRO

Durante a realização do 30º Congresso da UNE, em Ibiúna (SP), são presas mais de 700 pessoas, entre elas as principais lideranças do movimento estudantil: Luís Travassos (presidente eleito), Vladimir Palmeira, José Dirceu, Franklin Martins e Jean Marc Von Der Weid.


21 DE NOVEMBRO

O ministro da Justiça, Gama e Silva, edita a lei nº 5.536 que determina novas regras de censura a obras teatrais e cinematográficas e cria o Conselho Superior de Censura


13 DE DEZEMBRO

Baixado o Ato Iinstitucional nº 5 (AI-5). Sem prazo de vigência, suspende o habeas corpus e determina que o Congresso poderá ser fechado pelo presidente da República. O ato permite cassar mandatos de parlamentares e suspender direitos políticos, assim como demitir ou aposentar servidores públicos.