1969

NO ANO

Delfim Netto, ministro da Fazenda, incentiva o crescimento econômico, facilitando a expansão do crédito, e passa a controlar os preços para conter a inflação. O país cresce num ritmo impressionante, período chamado de “milagre econômico”, que se estendeu de 1969 a 1973.


26 DE FEVEREIRO

Promulgado o Ato Institucional nº 7, que suspende as eleições parciais que se realizariam no país. É baixado o Decreto nº 477, que prevê punições, inclusive expulsão, para professores, alunos e funcionários de escolas públicas e privadas envolvidos em atividades consideradas subversivas


28 DE ABRIL

Com base no AI-5 são aposentados compulsoriamente 42 pessoas, entre as quais Florestan Fernandes e Villanova Artigas. Três dias mais tarde, novo decreto aposenta mais 24 professores, entre eles Fernando Henrique Cardoso e Octavio Ianni


29 DE JUNHO

Criada em São Paulo a Operação Bandeirantes (Oban). Patrocinada por empresários e vinculada ao II Exército, tornou-se um dos mais violentos órgãos da repressão política, em cujas dependências era corrente a prática da tortura e assassinato de cidadãos comprometidos com a resistência à ditadura


15 A 17 DE AGOSTO

Festival de Woodstock reúne quatrocentos mil jovens nos EUA.


31 DE AGOSTO

Vítima de acidente vascular cerebral, o general Costa e Silva deixa a Presidência da República. Ao invés do vice-presidente civil, Pedro Aleixo, assume o poder uma junta composta pelos três ministros militares: general Lyra Tavares, almirante Augusto Rademaker e o marechal-do-ar Márcio de Souza e Melo.


4 DE SETEMBRO

Sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Elbrick, pela Ação Libertadora Nacional (ALN) e Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), que exigem a libertação de 15 presos e a publicação na imprensa de um manifesto contra a ditadura.


5 DE SETEMBRO

É editado o Ato Institucional nº 13, que permite o banimento de brasileiros considerados perigosos à segurança nacional; o governo bane os 15 presos políticos libertados em troca do embaixador norte-americano.


9 DE SETEMBRO

A Junta Militar decreta o ato Institucional nº 14 que prevê pena de morte e prisão perpétua em casos de “guerra revolucionária e subversiva”.


18 DE SETEMBRO

Promulgada nova Lei de Segurança Nacional


29 DE SETEMBRO

É morto nas dependências da Oban o operário químico Virgilio Gomes da Silva, o “Jonas”, militante da Ação Libertadora Nacional (ALN) e um dos articuladores do sequestro do embaixador Charles Elbrick.


17 DE OUTUBRO

A Junta Militar baixa a Emenda Constitucional nº 1 que promove a revisão da Constituição de 1967.


22 DE OUTUBRO

O Congresso Nacional é reaberto para eleger pela via indireta o novo presidente da República, general Emilio Garrastazu Médici.


4 DE NOVEMBRO

Carlos Marighella, líder da Ação Libertadora Nacional (ALN), é assassinado em São Paulo numa emboscada preparada pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, da Delegacia Especializada de Ordem Política e Social (Deops).