ALTERNATIVA
O Pasquim
Em 1969, meses depois do AI-5, o golpe dentro do golpe, o time de Pif Paf volta a se reunir, em torno de um projeto concebido por Jaguar para ser um jornal de bairro em Ipanema. Ganha o reforço de uma nova geração de cartunistas. Agrega jornalistas como Tarso de Castro, Paulo Francis, Luís Carlos Maciel. E explode nas bancas de todo o Brasil, com tiragens que chegam a passar de 200 mil exemplares. O humor combativo e a coloquialidade ácida de O Pasquim não se voltaram apenas contra a ditadura: desnudaram a caretice conservadora que a legitimava, expondo-a ao deboche. Enfrentou a censura, resistiu às ameaças e às prisões de seus colaboradores. Teve vida longa: sobreviveu até os anos 90.