ALTERNATIVA
Beijo
Jornalismo cultural? Sim, pelos critérios da época. Na origem do Beijo, está a editoria de Cultura do jornal Opinião, liderada por Júlio César Montenegro. Com o fim do semanário, o grupo carioca liga-se a jornalistas de São Paulo, como Rodrigo Naves e Fernando Mesquita. O coletivo organiza-se em autogestão e lança-se à subversão pela linguagem, à demolição pela esquerda de tabus da própria esquerda.
Entram em cena questões como feminismo, sexualidade, drogas, meio ambiente. Debate-se Foucault, cinema, poesia, a antipsiquiatria, as revoluções moleculares, o machismo do Pasquim. Textos saborosos e grafismos criativos antecipam, nas seis edições, temas que atravessarão as décadas seguintes.
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