ALTERNATIVA
PIF PAF
Lançada por Millôr Fernandes no Rio de Janeiro apenas um mês após o golpe de 64, Pif Paf inaugurou o ciclo das publicações alternativas que combateram a ditadura militar. E o fez pelo riso. O humor corrosivo vertido em cada página da revista serviu como aviso aos novos donos do poder: não teriam vida fácil. A reação foi dura – pressões, ameaças, prisões. Na oitava edição, uma fotomontagem mostrava o general Castelo Branco comendo uma perna de Carlos Lacerda. No texto final, Millôr advertia: “se o governo continuar deixando que circule esta revista, dentro em breve cairemos numa democracia”. Foi aprendida nas bancas pela polícia e Pif Paf não voltou a circular.
